quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Será que tem haver?


Hoje meu marido recebeu um email bem interessante, li e achei que deve ter haver sim. Leio direto revistas sobre dieta, emagrecimento, chás e sempre fico me perguntando porque os japoneses comendo tanto arroz não engordam?O segredo pode estar por trás desta matéria, verdade ou mito acho que tem haver sim. Leiam:

Beba água com estômago vazio.

Hoje é muito popular no Japão beber água imediatamente ao acordar. Além

disso, a evidência científicamente tem demonstrado estes valores. Abaixo

divulgamos uma descrição da utilização da água para os nossos leitores.

Para doenças antigas e modernas, este tratamento com água tem sido muito

bem sucedido.

Para a sociedade médica japonesa, uma cura de até 100% para as

seguintes doenças:

Dores de cabeça, dores no corpo, problemas cardíacos, artrite,

taquicardia, epilepsia, excesso de gordura, bronquite, asma,

tuberculose, meningite, problemas do aparelho urinário e doenças renais,

vómitos, gastrite, diarréia, diabetes, hemorróidas, todas as doenças

oculares, obstipação, útero, câncer e distúrbios menstruais, doenças de

ouvido, nariz e garganta.

Método de tratamento:

1. De manhã, e antes de escovar os dentes, beber 2 copos de água.

2.. Escovar os dentes, mas não comer ou beber nada durante 15 minutos.

3. Após 15 minutos, você pode comer e beber normalmente.

4. Depois do lanche, almoço e jantar não se deve comer ou beber nada

durante 2 horas.

5. Pessoas idosas ou doentes que não podem beber 2 copos de água, no

início podem começar por tomar um copo de água e aumentar gradualmente.

6. O método de tratamento cura os doentes e permite aos outros desfrutar

de uma vida mais saudável.

A lista que se segue apresenta o número de dias de tratamento que requer

a cura das principais doenças:

1. Pressão Alta - 30 dias

2. Gastrite - 10 dias

3. Diabetes - 30 dias

4. Obstipação - 10 dias

5. Câncer - 180 dias

6. Tuberculose - 90 dias

7. Os doentes com artrite devem continuar o tratamento por apenas 3 dias

na primeira semana e, desde a segunda semana, diáriamente.

Este método de tratamento não tem efeitos secundários. No entanto, no

início do tratamento terá de urinar frequentemente.

É melhor continuarmos o tratamento mesmo depois da cura, porque este

procedimento funciona como uma rotina nas nossas vidas. Beber água é

saudável e da energia.

Isto faz sentido: o chinês e o japonês bebem líquido quente com as

refeições, e não água fria.

Talvez tenha chegado o momento de mudar seus hábitos de água fria para

água quente, enquanto se come. Nada a perder, tudo a ganhar ...!

Para quem gosta de beber água fria.

Beber um copo de água fria ou uma bebida fria após a refeição solidifica

o alimento gorduroso que você acabou de comer. Isso retarda a digestão.

Uma vez que essa 'mistura' reage com o ácido digestivo, ela reparte-se e

é absorvida mais rapidamente do que o alimento sólido para o trato

gastrointestinal. Isto retarda a digestão, fazendo acumular gordura em

nosso organismo e danifica o intestino.

É melhor tomar água morna, ou se tiver dificuldade, pelo menos, água

natural. (temperatura ambiente)


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sábado, 1 de agosto de 2009

Comidinhas nipônicas





No começo é difícil, mais ainda para uma pessoa que não tinha o mínimo convívio com a culinária japonesa. Na infância eu ia à muitas festas japonesas porque meu pai trabalhava em uma indústria em que a maioria dos funcionários eram japoneses, depois disto só no Japão mesmo! A única comida que eu sempre comi aqui no Brasil porque minha mãe sabe fazer e com maestria é o curry, só que o curry é de origem indiana e não japonesa como eu imaginava!


No shokudô(refeitório) da fábrica serve-se basicamente o arroz (gohan) e o missô(sopa de soja) com um ou outro acompanhamento: peixes, carne de porco, lamén, macarrão, frango... Alguns dias eu nem comia direito porque o arroz não tinha gosto, eu não suportva o missô, os acompanhamentos então, nem se fala! Às vezes eu via uma carne linda, com aquele molho aparentemente madeira, na hora que ia comer era o molho teriaki, de sabor agridoce. A comida japonesa não é salgadinha igual à nossa, até adaptar o paladar leva tempo. Resultado:Emagreci 3 quilos nos primeiros meses.


Com o passar do tempo, o arroz e o missô já não eram tão ruins e os acompanhamentos também. Hoje em dia morro de saudades do missô, daquele arroz grudadinho do Japão que ao contrário que muito pensam, não é aquele arroz tipo papa do Brasil!


Uma paixão mundial é o sushi e o sashimi, eu sinceramente não desgosto, mas também não amo!Meu marido era capaz de comer 15 pratinhos com 2 sushis cada!


Para quem não sabe o sashimi é somente o o filé de peixe cru, o sushi é o peixe+gohan(arroz), o temaki é uma espécie de cone com arroz e peixe ou outro acompanhamento(como legumes). Usa-se como molho o shoyo e wasabi (raiz forte), este para quem não é acostumado pode se preparar que é mais forte que pimenta!


O Yakiniku é um churrasco à moda japonesa, cada um serve uma quantidade de carne que vem em pedaços pequenos e verduras como broto de feijão, repolho. A ¨churrasqueira¨fica no centro da mesa. Eu adorava ir!


Outra coisa que é difícil acostumar é comer de hashi(pauzinho): é comida que cai no chão, é mão tremendo para equilibrar a comida no hashi, mas nada que o tempo dê habilidade! Para os japoneses manipular os hashis jozu(fazer bem algo) é uma arte, então se você for ao Japão e não quer passar vergonha é bom treinar a manipulação dos hashis até porque alguns restaurantes não tem talheres!

Os brasileiros gostam dos restaurantes estilo americano em que servem alguns pratos japoneses e comidas americanas como hamburguer e fritas, massas, etc. Outro recanto brasileiro é o Mc Donald´s que todo mundo já conhece!
Na foto o famoso yakiniku.

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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sapatos na entrada e reciclagem


Qualquer mudança envolve muita paciência, humildade e visão para se adaptar em algo novo. No meu caso foi algo novo e muito diferente. Logo no início como eu já havia citado, o hábito de tirar os sapatos na entrada da casa é fato e se você infringir é sinal de desrespeito e pior, falta de higiene! Mas por quê? Porque os japoneses comem no chão e dormem no chão, não no chão frio como você deve estar imaginando, mais precisamente em cima de um futon (uma espécie de colchão com um edredon extra grosso em cima) e este em cima de um tatame.

No começo tudo é muito confuso, mas depois você acaba se habituando de tal forma que parece que você sempre viveu daquele jeito, tanto que quando cheguei no Brasil estranhei muito ter que entrar com aqueles sapatos de rua dentro de casa. E tem outra :dentro dos banheiros você deve trocar as suas suripas (aqueles chinelinhos de quarto) pelas suripas que já estão lá, tudo para você não levar as sujeiras dos seus lindos pezinhos para dentro do banheiro.

Outra questão difícil de aprender é jogar lixo. Existem vários tipos de sacos para o tipo de lixo que você irá jogar. Por exemplo: O incinerável ou queimável é recolhido 2 vezes por semana e na minha cidade era o saquinho branco. Latas e pets, saco transparente; latas de conservas já era o saco amarelo; caco de vidro, lâmpadas, pilhas, saco vermelho; lixos de grande porte: você deve comprar um adesivo para jogar fora.
Obs: Cada cidade tem o seu saco de lixo, não é que nem aqui no Brasil que você joga o lixo em qualquer saco e ainda todo misturado.

Na maioria das vezes é muito caro jogar eletrônicos, exemplo: Uma tellevisão você paga cerca de 3000 ienes, cerca de 60 reais. Se você jogar sem nome, ou mesmo abandonar em algum lugar, se descobrirem é cana na certa!

Outra pior é jogar lixo errado, se você jogar uma vez eles avisam para que você não cometa o erro. Mas se continuar a multa é bem salgada, cerca de 1 milhão de ienes.

Lá a reciclagem é assunto sério e o bom é que todos respeitam e isso tudo faz bem para o nosso planeta.

Falando em planeta, é bacana também o quanto eles incentivam as pessoas a usarem sacolas de tecido ao invés de sacolas plásticas, eu mesmo tenho várias que trouxe de lá e que estou ¨tentando¨adaptar ao meu cotidiano, agente sempre esquece, mas uma hora acaba entando no nosso dia-dia.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Voltei para o Brasil por medo de me acostumar


Nossa!Acabei de ler um texto que tem tudo haver com a minha vontade de ter retornado ao Brasil. Muito bacana, é de autoria da escritora Marina Colasanti.


EU SEI, MAS NÃO DEVIA. (por Marina Colasanti)


A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos
e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de
todas as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma
a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece
o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado
porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho
porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números
para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar
nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz,
aceita ler todo dia da guerra,dos números, da longa duração.


A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone:
hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso
de volta.A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com
que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas
e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido,
desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar
condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potáve.
À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma
a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a
hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui,
um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio,
a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia
está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo
e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar
a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos,
para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.Que aos poucos se gasta,
e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Muito trabalho, pouco tempo para diversão


O Japão é realmente um país simplesmente incrível. Tudo é bonito, limpo, organizado e de fácil acesso, mesmo para quem não fala nada de japonês. Até os depatos, ou shopping para o linguajar brasileiro, são uma ótima dica de passeio porque tudo encanta!

Desde que eu e meu marido saimos do Brasil tínhamos uma certeza: queríamos trabalhar muito, mas também tentar conhecer a cultura e os lugares mais bacanas do Japão.Acho que conseguimos mais trabalhar do que conhecer e olha que fomos em muitos lugares: Tokyo, Nagoya, Osaka, Hiroshima, Dunas de Totori...Mas ainda ficamos tristes de não termos ido para Kyoto, que segundo meu saudoso pai é a cidade japonesa que mais conservou a cultura e os costumes japoneses. Segundo quem já foi, a cidade é a cara do Japão moderno: modernidade x antiguidade. É muito interessante isso, porque ao lado de templos milenares vemos lojas ultramodernas, coisa bem Japão mesmo.

Tenho saudades das nossas viagens com um tanto de casal bacana, agente consersava muito, dava risada, falava das comidas que tínhamos saudades daqui do Brasil e divertíamos muito! Nós saíamos sempre depois de uma longa semana de trabalho, saímos por exemplo 3h da manhã para poder chegar cedo ao destino. Os homens revesavam a direção porque sempre eram longas distancias de até 700 km, mas tudo valia a pena quando se chegava ao destino.

Chegávamos no primeiro dia de trabalho pós feriado ¨só o pó da rabiola¨como diziam os companheiros de fábrica, muito cansados, mas com a cabeça hiper descansada!

As turmas de viagem sempre mudava, essa foto aí é de uma das turmas (tenho muita saudade de todos)!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Boas e más lembranças
















Nestes dois anos, trabalhei muito; onze horas por dia, às vezes 6 vezes por semana, sem tempo para nada! No meio do trabalho, que era em pé, operando máquinas de embalagem, pensava muito na vida, filosofava muito!Rs. Me perguntava o porquê estava ali, mas a resposta sempre vinha com um puxão de orelha: Hana, foi você quem escolheu isto!


Pensava muito que estava deixando para trás aqui no Brasil uma carreira promissora como publicitária, depois pensava no dinheiro que nunca havia ganho na vida ali no Japão. Hoje penso que a carreira não é tão promissora assim, que você precisa ser muito melhor que 1000 para trabalhar em uma grande agência ou mesmo abrir uma. Agora que estou aqui no Brasil não me arrependo de ter deixado a carreira para trás, mesmo que agora seja difícil retomá-la.


Fiz muitas amizades, mas também tive muitos desafetos. Aquele ambiente de trabalho fazia com as pessoas se amassem muito intensamente ou se odiassem mais ainda. Hoje vejo que tudo passou, não guardo mágoas de ninguém, acho que cresci muito naquele ambiente tão confuso.

Fora da fábrica, fizemos amizade com os vizinhos de apartamento: Lu, Willian e depois o Carlinhos. Divertíamos à beça fazendo churrascos embalados pela cerveja preferida do Minao, Sapporo, e dando muitas risadas. Momentos anti-stress no nosso único dia de folga da semana.

Até hoje mantenho contato com muitas pessoas de lá, mas as pessoas mais especiais para mim e meu marido são sem dúvida a Cláudia e o Jorge. O que mais me emocionou há pouco tempo atrás é que eles cuidam com o maior carinho a plantinha de estimação que deixamos com eles que nos enviaram esta foto.


Olha a foto dela!

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sábado, 2 de maio de 2009

Dois anos depois...


Eu tinha abandonado o coitado deste blog, mas reli ele e decidi ressucitá-lo das cinzas.
Agora que tenho tempo de sobra e saudades do Japão, vou tentar lembrar mais um pouco da minha pequena história lá do outro lado do mundo.
Sei que tenho bastante a compartilhar ainda!!!

Mesmo depois do retorno(estávamos na contagem regressixa, olha só isso!)